segunda-feira, 16 de junho de 2014

V CERPE aborda Movimento Estudantil


Evento reúne estudantes da rede estadual ligados à DIREC4, em Santo Antônio de Jesus.

Aconteceu nos dias 05 e 06 de maio, o V Congresso de Estudantes da Rede Pública Estadual – CERPE, em Santo Antonio de Jesus. O evento reuniu cerca de 180 estudantes da rede estadual de educação ligados à Diretoria Regional de Educação – DIREC4, no Centro Territorial de Educação Profissional – CETEP, Recôncavo.
Com o tema Movimento Estudantil: História, Desafios e Perspectivas – Por uma educação Pública do tamanho do Brasil, o CERPE tem como proposta buscar o fortalecimento da gestão democrática e participativa nas escolas.
Alguns dos convidados para versar sobre o tema proposto foram o professor Paulo Pontes, que ficou preso durante 8 anos na Penitenciária Lemos Brito, no período da Ditadura Civil Militar; o deputado federal Nelson Pelegrino, que começou a sua vida política a partir do movimento estudantil e Amanda Cunha, militante da Marcha Mundial de Mulheres.
O economista e professor Paulo Pontes, ex-preso político e atual chefe de gabinete da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, fez uma reflexão sobre o contexto da Ditadura Militar, enfocando a participação da juventude. Pontes relatou que em abril de 1964, ele participou de uma manifestação estudantil em Pernambuco contra a repressão, “como estudante comum”, onde seis pessoas morreram, entre elas um colega seu, Jonas José, de 16 anos. Lembrando detalhes do período que ficou preso, ressaltou a importância da construção da democracia. “A nossa responsabilidade com o País é a democracia, e ela é responsabilidade, principalmente da juventude”, disse.
O coordenador de Políticas para de Juventude do Estado da Bahia, Vladimir Costa Pinheiro também esteve presente no CERPE, apresentando as políticas públicas do estado voltadas para a juventude baiana.
O jovem Lucas Reis, do Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, em Varzedo, foi um dos estudantes que demonstraram suas inquietações, dúvidas e contribuições, no evento, a partir de perguntas e observações. Para Lucas, o CERPE foi importante para estimular seus pares a compreenderem que eles têm voz, “porque muitas vezes os alunos têm voz ativa e não sabem disso”, concluiu o estudante.
Na sexta-feira, segundo dia do V CERPE foi a vez de os estudantes participarem de grupos de trabalhos que discutiram redes sociais, drogas, Grêmio Estudantil, empreendedorismo, gestão escolar, entre outros temas e socializarem as propostas elencadas. Foi também o momento de definição dos membros do Fórum Territorial de Estudantes da Rede Pública.


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