quarta-feira, 25 de junho de 2014
Estado diversifica e interioriza a Educação Profissional
A Educação Profissional está ajudando a transformar a vida de jovens e trabalhadores na Bahia. Ao se tornarem técnicos de nível médio, muitos conquistaram o primeiro emprego; outros, a reinserção no mundo do trabalho. Graças à reformulação da Rede Estadual de Educação Profissional, em 2008, o número de matrículas em cursos técnicos de nível médio saltou de 4.016, no início de 2007, para mais de 69 mil, no segundo semestre de 2013, e o de municípios atendidos subiu de 22 para 123.
O número de cursos técnicos também foi ampliado de 15 para 80 nesse período, além dos oito cursos de Formação Inicial e Continuada / Qualificação Profissional. Com a oferta alinhada às demandas do desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos Territórios de Identidade, os novos técnicos ampliam as chances de trabalhar e permanecer em seus locais de origem.
Para tanto, o Estado criou 32 Centros Territoriais e 34 Centros Estaduais de Educação Profissional, 20 anexos dos Centros, além de ofertar cursos de Educação Profissional em 103 unidades de ensino médio, nos 27 Territórios de Identidade.
Pronatec – Articulada com o Governo Federal, a Secretaria da Educação passou a ser entidade demandante e ofertante do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), executado pelos parceiros ofertantes IFBaiano, Ifba, Senai, Senat, Senac e Senar, além da própria Secretaria da Educação. Em 2013, foram ofertados 36 cursos Técnicos e 153 cursos de Formação Inicial e Continuada (qualificação profissional), em 134 municípios, nos 27 Territórios de Identidade.
Os cursos são ofertados para estudantes do ensino médio da rede estadual em turno diferente ao regular, representando uma experiência rica de Educação Integral no ensino médio da Bahia, atendendo ao Compromisso 3 do Todos pela Escola e ainda introduzindo a dimensão Trabalho na formação dos estudantes.
Intervenção Social – Os benefícios da Educação Profissional também chegam à comunidade por meio de intervenções sociais. Aliando teoria e prática, os estudantes aprendem o valor social da profissão e exercitam a cidadania. Os Centros Estaduais, Territoriais e unidades escolares compartilhadas desenvolvem ações que beneficiam a comunidade a partir dos conhecimentos construídos no curso. Na área de Saúde, por exemplo, realizam gratuitamente serviços como aferição da pressão arterial e teste de glicemia. Na área de Agropecuária, atuam com assistência técnica a agricultores familiares e assentados.
Especializações - Os professores e gestores da rede estadual de educação profissional estão tendo a oportunidade de ampliar conhecimentos e aperfeiçoar suas formações, por meio do curso inédito de Especialização em Metodologia de Ensino para Educação Profissional e do curso de Especialização em Gestão da Educação Profissional. Já são 1.414 professores e 44 gestores beneficiados.
Premiação em eventos nacionais - Os projetos dos estudantes e professores da rede estadual de Educação Profissional têm se destacado em prêmios nacionais e internacionais. Um dos exemplos foi o 1º lugar conquistado no Prêmio Escola Voluntária, em São Paulo, promovido pela Rádio Bandeirantes em parceria com a Fundação Itaú Social, em 2013.
Forma de Articulação
- Educação Profissional Integrada (EPI) - contempla cursos técnicos integrados ao ensino médio que duram quatro anos e são voltados para quem terminou o ensino fundamental.
- Proeja Médio (Educação de Jovens e Adultos) - integra Educação Profissional ao ensino médio e é direcionado para a formação profissional de jovens e adultos. Ao mesmo tempo em que os estudantes concluem o ensino médio, recebem o diploma do curso técnico. Os cursos duram dois anos e meio.
- Subsequente (Prosub) - os cursos técnicos são direcionados para quem já concluiu o ensino médio e volta à escola para fazer a formação profissional. Duram dois anos, independentemente do eixo tecnológico e da ocupação a que eles se destinam.
- Concomitante - articula educação básica à Educação Profissional. O estudante matriculado no ensino médio da rede estadual poderá fazer um curso técnico de nível médio em turno diferente ao que está matriculado.
- Proeja Médio em regime de alternância - ofertados para populações, a exemplo de trabalhadores rurais, domésticos e catadores de material reciclável, cuja realidade de trabalho não permite a frequência sequencial das aulas. Ocorre em três anos.
- Proeja Fundamental - a Educação Profissional está integrada ao ensino fundamental, possibilitando a elevação da escolaridade com qualificação social e profissional. O Proeja Fundamental é voltado a jovens e adultos trabalhadores a partir dos 18 anos e tem a duração de dois anos.
Ascom SEC/BA
Gestar contribui para aprendizado de português e matemática
Língua portuguesa e matemática são duas disciplinas de grande destaque no currículo. Com um bom aprendizado nesses campos do conhecimento, os estudantes têm a base para um melhor desempenho na vida escolar. Com este entendimento, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia desenvolve o projeto Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar), que visa melhorar o desempenho dos estudantes da rede estadual. A iniciativa envolve 257 mil estudantes, em 276 municípios, da segunda fase do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano).
Todos os professores articuladores do Gestar passam por formação e recebem material didático para o apoio do trabalho docente. Os alunos também recebem cadernos específicos. O projeto conta com metodologia de acompanhamento, monitoramento e avaliação, tendo como foco a sala de aula. Outro diferencial do Gestar é a articulação com o projeto pedagógico das escolas.
A metodologia e o material didático do Gestar estão disponíveis para os municípios baianos. Basta a secretaria municipal de Educação procurar a Diretoria Regional de Educação (Direc) mais próxima e apresentar o seu articulador, que vai participar do processo de formação com os docentes da rede estadual e receber material didático para as escolas do município.
Motivação - O município de Paulo Afonso é um dos exemplos do sucesso que o Projeto Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar) possibilita no aprendizado dos estudantes. Para Sandra Marcula, articuladora regional, o projeto ajuda na motivação de professores e estudantes. “O docente se sente ainda mais animado diante desta possibilidade de abordar o conteúdo de uma nova maneira, e o aluno se interessa pelo que está sendo mediado. Agora, queremos trazer a família também para este universo, para que ela entenda o motivo do estudante ter um livro diferenciado, saiba da importância do Gestar e o incentive nesta jornada”, considera.
O Colégio Estadual Democrático Quitéria Maria de Jesus é uma das unidades do município que contam com o Gestar, envolvendo cerca de 260 estudantes. “Procuramos apresentar aulas diferentes, que chamem a atenção para a língua portuguesa e matemática. E percebemos claramente o avanço no aprendizado dos estudantes”, disse Ednalva Freitas, vice-diretora e articuladora do Gestar na escola.
Para Inaura Santos, 14 anos, estudante da 7ª série, o projeto mudou a forma de encarar as disciplinas. “Antes, não me interessava muito. Hoje em dia, entendo mais e tenho gosto em estudar tanto português como matemática. Aprendemos muitas vezes brincando, de uma forma divertida. Gosto muito do Gestar”, considera a aluna.
Na capital baiana, o Gestar também é referência, como mostra Jane Passos (foto), articuladora da Escola Estadual Santa Edwirgens. “Um dos principais destaques deste projeto é o fato de conseguir chamar a atenção dos estudantes para os conteúdos, que, no caso de língua portuguesa, aposta em atividades de leitura e escrita, com foco, também, na expressão oral. Outro ponto de destaque é que as temáticas são muito atuais, falam de tecnologia, Internet, com humor”, disse.
Números do Gestar
- Municípios – 276
- Escolas – 720
- Estudantes – 257.000
Ascom SEC/BA
Topa: a Bahia firme no caminho da alfabetização
O número é expressivo: mais de 1,1 milhão de pessoas. Este é o total de baianos alfabetizados pelo Governo do Estado por meio do Todos pela Alfabetização (Topa), maior programa de alfabetização para jovens acima de 15 anos, adultos e idosos do País. São pessoas como o agricultor Jonas Soares de Santana, 64 anos, morador do Encontro do Satiro, zona rural que fica a 13 km do município de Inhambupe. Ele teve a vida transformada pela chance de aprender a ler e a escrever.
“Foi no Topa que conheci as letras, aprendi a fazer contas e tive a chance de conhecer tudo com mais clareza”, disse Jonas Soares. Órfão de mãe aos nove anos, ele teve que trabalhar cedo para poder sobreviver com o pai. “Queria muito estudar. Minha avó dizia que quem não sabe ler e escrever é como um cego que anda sem saber o lugar que pisa, sem segurança, cai e morre”, lembra o agricultor.
A iniciativa, que só em 2013 beneficiou 130 mil pessoas, assegura a inclusão educacional dos baianos que não tiveram acesso à alfabetização na idade certa, incluindo povos indígenas, quilombolas, população carcerária, ciganos e pessoas com deficiência. Criado em 2007, dentro do programa Brasil Alfabetizado, do Governo Federal, o Topa trabalha sob a perspectiva de que a alfabetização é um direito que não prescreve com a idade.
O Topa é desenvolvido com municípios e entidades dos movimentos sociais e sindical, numa união de esforços para melhorar os índices de analfabetismo na Bahia. Em 2013, na 6ª etapa, o Topa abrangeu 366 municípios e 570 entidades, com 165 mil estudantes em salas de alfabetização. Cerca de 150 mil pessoas vão ser beneficiadas em 2014.
Redirecionando caminhos - O Topa assegura a inclusão educacional para a população carcerária, como é o caso do casal Valdemiro Cortezini (24 anos) e Kênia Geiza Teobaldo (29 anos), do município de Guanambi. Eles se conheceram durante as aulas na Casa de Custódia de Guanambi e, desde então, suas vidas mudaram.
Hoje, casados, continuam os estudos por meio da Educação de Jovens e Adultos (EJA). “Nunca tinha gostado de estudar. Meus pais me matriculavam na escola e eu não ia. Depois do Topa, comecei a gostar de estudar. Quando vai chegando o horário da escola, eu já fico doido para ir pra aula”, conta Valdemiro. Já Kênia comemora não só a alfabetização, mas também a inserção no mundo do trabalho. “Hoje eu sei me comunicar direito, conversar. Trabalho em casa de família e convivo com pessoas estudadas. Agora, já sei ler os rótulos dos produtos de limpeza”.
Oportunidade – No município de Jeremoabo (380 km de Salvador), o estudante de pedagogia José Batista, primeiro alfabetizador cego do Topa, tem a missão de alfabetizar os primeiros estudantes cegos do programa. Para garantir a aprendizagem, o Governo do Estado adquiriu o reglete, uma variação do aparelho de escrita utilizado por Louis Braille, além do papel especial com gramatura diferente do normal e do material didático específico, em Braille. “Assim como eu tive a oportunidade de receber uma formação em Braille, quero que as pessoas cegas que moram aqui, e que estavam completamente leigas, também aprendam”, conta José Batista, que é, também, presidente da Associação de Cegos do Semiárido Baiano.
Alfabetização com solidariedade - Na quarta etapa do Prêmio Cosme de Farias, que reconhece experiências exitosas de alfabetização, um dos destaques foi o trabalho da educadora Raquel Deraldina Gomez. Vencedora na categoria alfabetizadora, Raquel vai ao encontro dos seus alunos, pacientes renais, na Clínica de Hemodiálise de Jacobina. “A experiência de vida desses estudantes faz a diferença da turma. Aprender a ler e a escrever lhes devolve a autoestima e ameniza a dor causada pelo tratamento”.
Topa em números:
Pessoas alfabetizadas – 1,1 milhão
Municípios atendidos – 366
Entidades dos movimentos sociais e sindical participantes – 570
Ascom SEC/BA
segunda-feira, 16 de junho de 2014
V CERPE aborda Movimento Estudantil
Evento reúne estudantes da rede estadual ligados à DIREC4, em Santo Antônio de Jesus.
Aconteceu nos dias 05 e 06 de maio, o V Congresso de Estudantes da Rede Pública Estadual – CERPE, em Santo Antonio de Jesus. O evento reuniu cerca de 180 estudantes da rede estadual de educação ligados à Diretoria Regional de Educação – DIREC4, no Centro Territorial de Educação Profissional – CETEP, Recôncavo.
Com o tema Movimento Estudantil: História, Desafios e Perspectivas – Por uma educação Pública do tamanho do Brasil, o CERPE tem como proposta buscar o fortalecimento da gestão democrática e participativa nas escolas.
Alguns dos convidados para versar sobre o tema proposto foram o professor Paulo Pontes, que ficou preso durante 8 anos na Penitenciária Lemos Brito, no período da Ditadura Civil Militar; o deputado federal Nelson Pelegrino, que começou a sua vida política a partir do movimento estudantil e Amanda Cunha, militante da Marcha Mundial de Mulheres.
O economista e professor Paulo Pontes, ex-preso político e atual chefe de gabinete da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, fez uma reflexão sobre o contexto da Ditadura Militar, enfocando a participação da juventude. Pontes relatou que em abril de 1964, ele participou de uma manifestação estudantil em Pernambuco contra a repressão, “como estudante comum”, onde seis pessoas morreram, entre elas um colega seu, Jonas José, de 16 anos. Lembrando detalhes do período que ficou preso, ressaltou a importância da construção da democracia. “A nossa responsabilidade com o País é a democracia, e ela é responsabilidade, principalmente da juventude”, disse.
O coordenador de Políticas para de Juventude do Estado da Bahia, Vladimir Costa Pinheiro também esteve presente no CERPE, apresentando as políticas públicas do estado voltadas para a juventude baiana.
O jovem Lucas Reis, do Colégio Estadual Nossa Senhora da Conceição, em Varzedo, foi um dos estudantes que demonstraram suas inquietações, dúvidas e contribuições, no evento, a partir de perguntas e observações. Para Lucas, o CERPE foi importante para estimular seus pares a compreenderem que eles têm voz, “porque muitas vezes os alunos têm voz ativa e não sabem disso”, concluiu o estudante.
Na sexta-feira, segundo dia do V CERPE foi a vez de os estudantes participarem de grupos de trabalhos que discutiram redes sociais, drogas, Grêmio Estudantil, empreendedorismo, gestão escolar, entre outros temas e socializarem as propostas elencadas. Foi também o momento de definição dos membros do Fórum Territorial de Estudantes da Rede Pública.
quinta-feira, 12 de junho de 2014
CELEM apresenta projeto sobre Copa do Mundo
O Colégio Estadual Luis Eduardo Magalhães, em Muniz Ferreira, começou na terça-feira (10) as apresentações do projeto interdisciplinar O Brasil em todos os campos: uma jogada de letra com o conhecimento, que visa fortalecer a política de educação da escola junto aos Projetos Estruturantes da Secretaria de Educação do Estado da Bahia.
As atividades começaram com as apresentações do público da Educação de Jovens e Adultos – EJA, na terça. Em cartazes, slides e coreografias de músicas os estudantes lembraram as décadas que o Brasil foi campeão das Copas do Mundo. Já no segundo dia, quarta-feira (11), através da ludicidade, os estudantes do Ensino Médio do CELEM fizeram um “passeio” pela década de 50 até os dias atuais, traduzindo em representações, músicas e danças o contexto histórico, sociocultural e político dos períodos que o Brasil foi campeão das Copas do Mundo.
“O nosso objetivo é fortalecer e oportunizar o bom andamento das atividades discentes e docentes tendo como motivação os contextos das copas, e dessa maneira, possibilitar o desenvolvimento das aprendizagens e da construção dos conhecimentos”, afirma Miriam de Almeida, diretora do Colégio.
Os projetos estruturantes ganharam espaço nas apresentações por meio de uma música, com letra composta pelo estudante Joelton Andrade, 17 anos e declamação de poesias.
Stephanie Barbosa, 16 anos, destacou o processo de aprendizado que foi construído, a partir da pesquisa sobre os períodos abordados. Além disso, segundo Stephanie, até os alunos “mais tímidos ficam mais descontraídos e mais atentos às questões das aulas”, com a realização do Projeto.
Assinar:
Postagens (Atom)